quarta-feira, 20 de abril de 2011

Chicoalhando[Com todo respeito!]

O que será que me da
Que penso ter esquecido
Pelos sentidos?
Que procuraria logo
Em labirintos?
Que penso ter-lhe dito
Num dia lindo?
Que  vai ecoando farto
nestes falantes?
Que vai ardento forte
Pelos andaimes?
Que teme o descaso 
dos desvalidos?
Que até a morte fere
Será que me dá?
O que ninguém difere
nem nunca irá
O que não dá encalço
nem nunca dará
O que me acha estranho...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Olhar Errante!

Foco! Foco!
 "Olhar fixado em um ponto qualquer, 
sem qualquer intenção de observá-lo."
Esse ponto seria menor que o núcleo de um átomo,
 maior que o universo, também seria menor que um Deus,
 maior que um homem e menor que uma criança.
 Uma dimensão adimensional 
onde entramos  para viver o que pensamos 
não pensar ...
onde a incoerência é a coerência,
o distúrbio ? O real!
onde o foco[hiperfoco] é tão vazio
 que o nada torna-se cheio! 
Fogo! Fogo!
"Olhar incessante em qualquer ponto
com intenção qualquer de não observar"
Esse qualquer seria o instante inexato
A hora da partida ou da chegada
Um qualquer instante longe do tempo
Agravado por um desentendimento
Um incerto sopro contra o vento
pretenso voar por um momento
onde o vácuo desmente o sofrimento
que alegre queimei por dentro.