sábado, 4 de setembro de 2010

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Sabe aquelas noites que você não quer ficar em casa?
Que tudo que você quer é sentir o prelúdio, ar gélido e úmido, da noite
Ouvir o silêncio da lua, sentir sua respiração num “rallentando”
Chegar ao vazio, ao nada, um estado iluminado.
Ver estrelas tão longe, sentir-se tão pequeno e tão grande?

Sabe? Quando a lua alteia, algumas íris se formam lhe doando mais beleza.
Sobre sua luz serena, prendo a respiração a não ofuscar seu momento.
Mas como se esquecer de respirar? Um instinto sábio.
Talvez eu quisesse que algo anormal acontecesse, mas em nossos tempos,
O anormal é não acontecer algo.
Voltando da faculdade pensei em respirar e observar a lua, já era tarde, por volta da meia noite, fui ao parque dos poderes, pois o ar lá é muito bom nesse horário,  parei o carro em um lugar que pensei ninguém me atrapalhar abri as janelas , todas elas, e fiquei olhando para o vento preguiçosamente balançar as arvores, lembrei me que quarta era dia de ensaio do coral, logo meu violão estava no porta-malas, pensei ser uma boa hora para , como antigamente, sentar-me num lugar quieto e tocar minhas “músicas para relaxamento”. Foram 20minutos perfeitos, porém 2 engraçadinhos resolveram parar do outro lado, com o som no último e ficaram bebendo lá...
Guardei meu violão e resolvi procurar outro lugar, mas não seria mais a mesma coisa, pois o silêncio já fora embora, e não queria fabricá-lo em outro lugar.
Não sei se sou eu, mas a graça do mundo é tão sem graça e vazia...não sei o que há comigo, se estou errado, se devo deixar e ser eu mesmo, deixar de gostar da solidão...foco! foco! Sempre fujo do assunto, assunto? Qual assunto?



Um comentário:

Lívia Gomes dos Santos disse...

Quando o assunto é a gente mesmo, foco é o que menos importa...


(P.S.: Saudades de vc e o Rapha tocando violão e todo mundo junto finjindo ou tentando cantar. Saudade de quem a gente era!)