segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Busca da identidade! We need a hero!

Primeiramente, gostaria de dizer que este texto é um besteirol que no fim das contas pode ou não ser verdade.
 Vou separar em algumas partes.

O meio
Somos produto de tudo que nos cerca, nossa primeira escola é a família, esta nos da a base da educação, estudos científicos dizem que formamos nossa personalidade até os 7 anos, isto é, se você é algum problema psicológico, desvio de conduta, opção duvidosa ou qualquer coisa, você é assim por ter vivido em um meio que o fez assim. Tendo assim, a família como a primeira e principal escola do indivíduo, pois nela você aprende o através de seus pais e irmãos as regras de convivência na sociedade, a moral que esta carrega, criando assim um cidadão com um papel.
Roberto Damatta escreveu um livro interessante[tive prova sobre esse livro hoje hahaha] e nele ele faz uma distinção interessante sobre o quem é você em casa, na rua e no trabalho, tratarei aqui o que sobre a casa e a rua.
Em casa, você é protegido por sua família, você é parte importante de um todo, la está seu sangue, mesmas tendências , sua morada, um lugar onde você pode descansar sem se preocupar com nada, você é respeitado, e respeita também, pois há limites seus e de outrem.

"Assim, na casa, somos únicos e insubstituíveis. Temos
um lugar singular numa teia de relações marcadas por muitas
dimensões sociais importantes, como a divisão de sexo e de idade."


Ja na rua, estes limites não são respeitados, você é apenas mais um desconhecido caminhando.

" o mundo exterior que se mede pela
“luta”, pela competição e pelo anonimato cruel de individualidades
e individualismos."


O menino do morro.[Inventei essa história]

Elias , corintiano fiel, nasceu no morro, seu pai foi morto em uma troca de tiros com a polícia, sua mãe é "do lar", a coitada tem,além de elias, 4 filhos.
Desde criança Elias sonhava em ser jogador de futebol, queria ter um video game, gostava de jogos de FPS[Frame p/ segundo.."apelido para jogos de tiro em primeira pessoa"], ele não ia para escola porque vendia jornal no semáforo para ajudar na renda de casa e todo dia as 4:00 da manhã tinha que estar na base do morro para pegar o jornal na perua que o distribuía . A grana era pouca, ele via os garotos de classe média alta indo nos carrões com seus pais, talvez para a escola, pois apareciam la pelas 6:40, e ficava pensando o porque dele não ter aquilo.
Todo dia ele voltava, pra casa com pouco dinheiro, não dava nem pra comprar o feijão e foi ai que conheceu Adriano Love, este ja era mais "vivido" e era um dos soldados[soldado do tráfico] , assim convidou Elias para conhecer o dono da boca, Adriano Love disse que o chefe dele precisava de um vapor[vendedor de drogas] ali na região onde ele vendia jornal.
Elias disse: Como poderei vender ali? Eu trabalho la, tenho que ajudar minha mãe.
Adriano Love respondeu: Fica na boa bro, se "tivé" com "nóis" , tá na boa! pó'deixa que aqui é uma família, " agente se cuida uns dos outros".

fim!
Que mané fim, este foi o começo[talvez o verdadeiro começo foi ao escolher " curintia" como time].
Dai pra frente, Elias, que não tinha uma família estruturada, com uma figura paterna, adotou a do traficante como a de seu herói,pois este lhe dava roupa, dinheiro,remédio,comida,diversão e a única coisa que ele sabia, é que seu pai foi morto em uma troca de tiros pela polícia, o resto é fácil de se imaginar.
Essa é uma história comum. Vi em um documentário da GNT sobre o armamento utilizado pelos traficantes e um morador foi entrevistado após um tiroteio contra a polícia, este dizia que uma bala acertara sua filha e que esta havia sido disparada pela polícia, no documentário não mostra um estudo, mas como bom observador e pelos relatos do entrevistado é fácil concluir que ele estava protegendo os traficantes , a bala havia acertado a cabeça da menina, num ângulo de +- 30 graus, o entrevistado disse q a menina estava deitada no chão e mostrou o lugar onde a bala parou...e adivinhe, a bala parou no chão!! ou seja, ela foi disparada de cima pra baixo, e quem estava na parte de cima do morro?
Usei a palavra herói para definir como é vista a figura de um traficante no morro, ele é ,de maneira errônea, o Robin hood brasileiro, ele "tira dos ricos e da aos pobres" e ai é onde a cultura pop vem influenciando a mudança.

A figura de herói [Aqui começa o besteirol de fato...mas que até tem uma relevância]

Ganhamos um novo herói nacional ! Poxa! Num país continental como o nosso, onde temos uma diversidade de crenças,raças, cultura, e etc...como em nenhum outro lugar, onde a corrupção e drogas são denunciadas todos os dias mas acabam deixando seus agentes impunes, era necessário uma revolução, uma guerra, ou algo do tipo nos salvasse!!!
Ai entra o Cap. Nascimento , um homem da lei, honesto, cheio de defeitos, carregando aquele jeitinho brasileiro que faz tudo dar certo e desce a lenha nos bandidos, faz o que nenhuma ONG  , que todo mundo detesta, deixaria um policial fazer, mas que todos os cidadãos gostaria de fazer, e pimba! Ele manda os tráfeco pro saco e desce o cacete!!! Que mané direitos humanos o que!!? Isso é hipocresia e tem salvado mais pessoas do mal do que pessoas do bem!
Mas como assim?
Veja no Rio de Janeiro! O povo viu os tanques da marinha e aplaudiu , isso é comportamento diferente, ele viu que dessa vez o governo estava disposto a fazer algo a respeito! O papel do "Cap. Nascimento" foi abrir a mente das pessoas que para libertarmos o complexo do Alemão,  não seria passando mão na cabeça  do traficante, 400k pessoas com 600 bandidos, eu diria, Maquiavel faz falta! Fazia, agora não faz mais!
Sim, isso acontece agora não pelos nossos governantes terem gostado do filme tropa de elite! Estamos beirando uma copa do mundo! olimpiadas! porém o povo é muito mais simples de entender, e tem muito mais inocência em seus anseios, lógico que psicológica e moralmente a figura de um herói foi criada!
Agora a população vê a figura da polícia como os mocinhos, que muitas vezes a violência que eles usam , serão justificadas pela paz!
Diria IHERING  a paz é o fim que o Direito tem em vista e a luta é o meio . 


Enfim, não sei como terminar este texto, estou com preguiça, mas proponho aos meus amigos, que na próxima vez que me virem num bar, discutirmos isso! há! Pois há muito que gostaria de escrever, mas tenho prova de sociologia amanhã! That's all folks!!!


ah! tinha separado um clipe do sherek pra avacalhar meu texto! vejam! a música chama Hold out for a hero da bonnie taylor!




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